domingo, 26 de agosto de 2012

Eurovision Live Concert 2012: Rui Andrade

Rui Andrade é um dos cantores portugueses que irá marcar presença pelo segundo ano consecutivo no Eurovision Live Concert.

Este cantor, que recentemente podemos vê-lo no programa A tua cara não me é estranha - Duetos ao lado de Dora, já participou em dois Festivais da Canção, em 2011 com o tema Em nome do amor e este ano com Amor a preto e branco da autoria de Miguel Majer (letra e música) e de Inês Vaz (música).

Rui Andrade é detentor de uma das melhores vozes da atualidade e tem uma presença muito moderna e bastante atraente, o ator e cantor não descura pormenor nenhum, quer seja em ensaios, quer nas atuações, sinónimo de um autêntico profissional que respeita, acima de tudo, o seu público.

Não temos qualquer dúvida que Rui Andrade nos representaria muito bem na Eurovisão e que faria as delícias dos eurofãs e tal como as Doce em 1982 fizeram, também Rui levaria à Eurovisão uma imagem da modernidade lusa.

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entrevista a Rui Andrade

Rui Andrade confessa que não gosta de estar sozinho. Diz ser muito ambicioso, arrumado  e revela que não sabe cozinhar. Não gosta do silêncio e sonha pisar os palcos da Eurovisão. Quer afirmar-se como cantor e editar um álbum, pois é a cantar que se liberta e alimenta.
É uma pessoa que luta pelos seus sonhos?
Luto sempre pelos meus sonhos e acho que, neste momento, a minha carreira está onde desejo e onde muita gente desejaria estar. Mas ainda está muito aquém do que sonhei e do que continuo a sonhar.

Há limite para o sonho?
Eu não fico facilmente contente. Quero ser reconhecido pelo meu trabalho. Falta-me um bocadinho de reconhecimento na parte musical. Falta-me editar o meu álbum, conseguir que as pessoas ouçam as minhas músicas, fazer os meus espectáculos, e que Portugal me fique a conhecer.

É ambicioso?
Sou. Sou ambicioso, há coisas que sonho fazer, há coisas que sei que vou estar a minha vida toda para fazer. Concorri duas vezes ao Festival da Canção, fiquei em terceiro lugar nas duas vezes, mas sei que um dia vou pisar a Eurovisão.

Prefere a música? Liberta-se a cantar?
Sim. Eu costumo dizer que o palco é para mim uma segunda casa.

O sonho é ser conhecido como uma estrela da música?
Não faz mal pensar em ser conhecido nas duas áreas (música e representação), mas realmente o reconhecimento da parte musical é aquilo que me falta. Neste momento, consideram o Rui Andrade ator.

E cantar o amor porque vende ou porque gosta?
Eu canto tudo, mas canto o amor porque o amor vende. Sendo o sentimento que é, aproxima muito as pessoas. Nós, cantando o amor, tocamos muito facilmente o coração e sensibilidade das pessoas.

É mais fácil para aproximar as pessoas?
É. O amor é daquelas coisas que se identificam com as pessoas, seja cantando ou representando.

Tem cuidados com a voz?
Gelados não como já há muitos anos. Há coisas que sei que me fazem mal mas que faço. Tomo vários cafés por dia, uns cinco. Mas tenho muito cuidado com as mudanças de clima e não bebo coisas muito frias...

É filho único?
Não, tenho três irmãos. Todos mais velhos. Tenho dois irmãos a viverem em Londres e uma irmã em Amarante.

O Rui nasceu em Amarante, mas agora mora em Lisboa...
Vivi sempre em Amarante. Estive na faculdade no Porto, mas fazia Amarante - Porto todos os dias. Estava realmente muito colado aos meus pais, sempre tivemos uma relação boa, muito próxima.

Era muito protegido pelos pais?
Sempre fui muito protegido. Acho que eles tentavam de todas as maneiras filtrar o que não interessava para o meu futuro. Mas a minha saída de casa acabou por ser gradual, porque estive no Porto dois anos a trabalhar para o Filipe La Féria e ia todos os fins-de-semana a casa. Quando vim para Lisboa, foi diferente. Mas, agora, o que puxa a ir lá sãos os meus pais. Já não vejo a minha vida em Amarante.

O excesso de trabalho ajudou na mudança? A falta de tempo para parar e sentir saudades...
No Porto, eu entrava no teatro às oito e meia da manhã e saía à meia-noite e meia.

E em Lisboa, com a telenovela Doce Tentação, o programa A Tua Cara Não Me É Estranha e a peça Uma noite em casa de Amália?
Nem sei como é que ando. Um bocado fraco, com as energias em baixo. Já não tenho férias há muitos anos. Preciso de descolar um bocadinho do trabalho, porque o mês de Julho foi muito complicado. Mas sinto-me feliz com o que faço, sinto-me feliz em sentir o público todos os dias.

Os aplausos alimentam-no?
Alimentam, sem dúvida. E tenho o apoio dos meus amigos e da minha família. Eles dão-me o suporte que falta. Eu não paro para pensar porque, quando faço, confesso que fico muito nostálgico. Nesses momentos, há realmente uma quebra. Mas normalmente o meu ritmo é tão alucinante que é muito raro sentir isso. Falo com os meus pais todos os dias. E não me preocupa a parte do Rui pessoa. Quando conseguir ganhar a minha identidade, quando conseguir que o público me reconheça, acho que aí vou conseguir pôr as coisas nos seus lugares.

Emociona-se facilmente? 
É verdade. Mas eu não choro. É muito, muito raro chorar.

Um homem não chora?
Não, de todo. Mas já morreram pessoas que me eram muito próximas e o nó no peito está cá.

É mais difícil libertá-lo sem lágrimas?
É verdade. Mas o Lá Féria diz que as pessoas quando sofrem mesmo não choram. Vivem naquela dor mas não choram. E eu... eu entrego-me muito facilmente às coisas e às pessoas. Mas, quando levo a primeira estalada, não dou a outra face.

Não perdoa? Não esquece?
Perdoar, perdoo, mas não esqueço. Da mesma forma que me entrego, acredito que as pessoas se vão entregar. Aprendi a viver assim, até pela intensidade das coisas. se eu me entrego com muita intensidade, a pessoa está a receber essa intensidade e se não quer responder da mesma forma é porque não deve ser pessoa para fazer parte dos meus dias.

Esteve na faculdade...
A tirar Engenharia Geotécnica e Geoambiente (risos). Eu no 9º ano fui acompanhado por uma psicóloga que me aconselhou. Claro que as artes estavam em primeiro lugar, mas os meus pais não quiseram que eu fosse para o Porto, para o Conservatório, no 10º ano. Acabei por ficar em Amarante. E eu gosto muito de Geologia. E como tirei 20 no exame nacional, resolvi concorrer. O meu pai esteve sempre ligado à Engenharia, e a minha mãe adorava ver-me trajado de estudante. Decidi ir para o curso porque tinha boas saídas profissionais. Mas no primeiro ano fiz o "Ídolos" (programa da SIC) e...

Acabou por escolher a música?
Sim, foi uma escolha. Eu gostava do curso, mas não vivia o curso. Estava sempre à espera que me surgisse alguma coisa para fazer. Mas não me arrependo de ter estado três anos na faculdade. Simplesmente, numa dada altura, tive a hipótese de fazer um casting para o La Féria.

E os seus pais...
No 9º ano não me deixaram ir para o Porto sozinho, por causa da minha idade. A minha infância vejo-a muito ingénua, tinha dois ou três amigos com quem privava. Eu detesto discotecas, nunca gostei. Preferia ir ao cinema ou beber um café.

Começou com La Féria, mas foram os "Morangos com Açúcar" que o trouxeram para a ribalta.
Eu nunca tinha sonhado entrar nos "Morangos". E os "Morangos" caíram-me nas mãos. Ao interpretar o "João Pedro", consegui viver muitas das coisas que não vivi aos 16/17 anos.

E sair à rua, é fácil?
É. Eu não trato mal ninguém, pelo contrário, recebo as pessoas muitíssimo bem. Não me nego a dar autógrafos, a tirar fotografias, até porque é o público que nos pode dar o reconhecimento e nos pode abrir a carreira. Lido bem com as abordagens das pessoas e adoro quando as pessoas vêm ter comigo. Até porque é um controlo do nosso trabalho, sabermos a quem estamos a chegar e como estamos a chegar às pessoas.

E quando não lhe apetece falar, fica em casa?
Eu não gosto de estar sozinho. Detesto. Acho que todos temos de ter momentos de solidão para podermos assentar as ideias, mas a solidão não encaixa comigo. Consigo abstrair-me dela e procurar os amigos conhecidos.

O silêncio incomoda-o?
Sim. Não sei porquê. Talvez por este ritmo ser alucinante. Por estarem sempre a entrar e a sair pessoas das nossas vidas. Mas quando estou sozinho, o que é raro, gosto de escrever letras de músicas.

Essas letras são os seus pensamentos?
São, mas não funcionariam bem se fossem musicadas. Teriam de levar muitos cortes e deixariam de ser o que são, deixaria de ser eu.

Já rasgou coisas que escreveu?
Já rasguei algumas, mas guardo quase tudo, porque provavelmente daqui a uns meses já não fazem parte da minha vida, mas fizeram e é bom recordar. De recordações vamos vivendo todos os dias.

A sua ambição fá-lo pensar mais no futuro do que desfrutar do presente?
Faz. Às vezes penso nisso. Todo este ruído e esta confusão fazem-me pensar muito no que é que isto vai dar. Às vezes ponho em causa se estou realmente a viver o presente.

Receia o futuro?
Não. Acredito que o meu futuro vai ser muito bom. Eu levo a minha conduta assim, a gostar muito das pessoas, a ajudar as pessoas de quem gosto. E acredito que a recompensa chegará. Esforço-me muito naquilo que faço, sou extremamente organizado, profissional, e acho que isso traz frutos. E não tenho medo de trabalhar.

Há alguma coisa que não saiba fazer?
Cozinhar. Não sei cozinhar nada de nada.

Tem mau feitio?
(Risos) Realmente, se olho para uma coisa desarrumada... chateia-me, aborrece-me. Sou bastante metódico.

INTIMIDADES

Quem gostaria de convidar para um jantar a dois?
Não sei. Uma pessoa de quem eu sempre gostei muito, mas que já morreu, foi a princesa Diana. Ela vai reencarnar. Era daquelas pessoas... E era muito bonita. E o meu irmão mais velho tinha uma paixão pela princesa Diana...

Quem é para si a mulher mais sexy?
Das mais bonitas da minha área é a Sofia Ribeiro.

O que não suporta no sexo oposto?
Não suporto que as mulheres sejam chatas e incisivas.

Qual é o seu maior vício?
Roer as unhas.

O último livro que leu?
O guião "Uma noite em casa de Amália".

O filme da sua vida?
"Moulin Rouge".

Cidade preferida?
Paris.

Um desejo?
Ir à Eurovisão.

Complete. A minha vida é...
O que eu quero.


domingo, 19 de agosto de 2012

"Uma Noite em Casa de Amália"

É assim que se chama a nova peça de teatro de Filipe La Féria. Esta peça conta com a participação de atores bem conhecidos, tais como Vanessa, no papel de Amália Rodrigues e Rui Andrade, no papel de um militar que, naquela noite, se vai despedir de Amália na Véspera da sua partida para a Guerra do Ultramar.
Esta peça ainda estará em exibição até ao final de Setembro, no Politeama, em Lisboa. 

Não percam!! :D