
"Não querendo retirar mérito aos dotes vocais do Rui, a sua outra grande vantagem é a sua imagem. E para bom entendedor, meia palavra basta.
No entanto, o que mais aprecio no Rui é que ele não usa isso como pretexto de não precisar de mais nada. O Rui exige de si, arrisca. Se for preciso dar 100, o Rui dá 110. Sei que ele analisa tudo na sua actuação - o que gostou e o que não gostou - e utiliza isso sempre com o intuito de melhorar, de poder dar mais. E isso espelha a preocupação e respeito que um artista tem para com o público e para consigo.
Também é dono de uma excelente voz, sabe utilizá-la a seu favor. Sabe o que são nuances, sabe o que são dinâmicas, sabe quando tem de dar mais, sabe quando tem de dar menos, ou seja, sabe colorir uma canção. E é isto que faz com a sua actuação nos prenda. Surpreende-nos, não vai na monotonia e faz com que sintamos o crescer da canção como ele a sente, tudo resultado da sua transparência artística.
O Rui conseguiu tornar "Em Nome do Amor" a SUA canção, à semelhança da Vânia com "Senhora do Mar", da Vanessa com "Alvorada" e da Filipa Azevedo com "Há dias assim" que a meu ver também o conseguiram. E quando um artista consegue "carimbar" uma canção desta forma, pouco ou nada resta para dizer."
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